quinta-feira, 10 de novembro de 2016

[RESENHA] A Lenda de Materyalis – As Crônicas de Aliank • Vol. 1 •

Autor: Saymon Cesar
Editora: Novo Século
2016
240 Páginas

Sinopse: "No princípio dos tempos, as sociedades de Hedoron acreditavam nos mandamentos dos servos de Materyalis, suposto deus criador do Universo e da vida. A lenda diz que a divindade se angustiou ao observar os atos corruptíveis das suas criaturas e atribuiu a si toda a culpa da imperfeição dos povos. Sua consciência atordoada separou sua essência em duas entidades, criadoras de ideologias extremistas que dividiram a crença das sociedades. Assim nasceu a materja, a guerra que visa a consolidação de uma verdade entre todas as raças. Avessa ao propósito da contenda milenar, surge uma sociedade secreta, que busca o único artefato capaz de desvendar o que realmente foi Materyalis e, assim, livrar os povos da dúvida que os condenou aos intermináveis confrontos. Mas, para chegar ao objetivo, é necessário usar a misteriosa aptidão de cinco indivíduos habitantes de Aliank, um reino dominado por contradições que podem apressar a ruína do mundo antes que a verdade sobre Materyalis seja revelada."
O livro inicia com "Anotações Iniciais", elas são compostas por cartas escritas em norma culta. A primeira é escrita por Müdrik, em que ele fala do ideal venirista, que tem como inspiração Venir, "o sol dos planos espirituais", e buscam servir como inspiração para que o povo não caia em caminhos tortuosos. Este teria sido criado por Materyalis, que é "um fenômeno de consciência parcial da gênesis para alguns, ou, na maior parte das ideologias, descrito como uma divindade suprema e responsável pela criação de todas as coisas".

Ele explica a busca pelo Sinkra, que é um artefato bastante desejado em Hedoron, por acreditarem que ele contenha "a fórmula da criação e da vida". Este pode ser bastante perigoso se cair em mãos erradas, principalmente no mundo descrito pelo livro, de guerra ideológica.

"Lembrai sempre de que não é a ameaça ou o instinto de sobrevivência que nos torna fortes, mas o desejo de entender o sentido dessas regras universais que nos coagem para mudá-las, pois não nos edificam apropriadamente."

Uma peça chave deixada por Müdrik é um cristal esférico, que são chamados de sinkrorbes, eles "mostram, em seu interior, visões de um futuro próximo com grande relevância no mundo, provocadas por indivíduos dotados com forças misteriosas". Eles são os denins, cujas habilidades são divididas em dez "dens".

O sinkrorbe mostrará profecias que deverão ser registradas. Serão visões focadas em dez denins em fatos importantes que mudarão o mundo. Necessitando do poder dos denins, deverá escolher aqueles que simpatizem com a causa venirista, para chegar ao Sinkra. Podendo também ser necessário persuadi-los.

As próximas cartas são de Harcos, uma delas fala sobre a ideologia teryonista, em que "tem como foco levar seus seguidores ao caminho da evolução espiritual por meio do flagelo da vida e à paz eterna após a morte por intermédio dos ensinamentos do deus Materyon, que teria surgido após a divisão da essência de Materyalis em duas criaturas". Surge, nessa divisão, duas entidades: "Materyon, o deus da completa benevolência, e Marilis, o deus maldito". O mundo foi nomeado como Hedoron, que significa "primeiro (hedo) mundo carnal (ron)", criada para que possam evoluir espiritualmente.

Mesmo que tenha objetivos pacíficos, alguns de seus seguidores a interpretam de forma errônea, querendo impor sua ordem ideológica, que ocorre, por exemplo, no reino de Aliank, através da inquisição. O nome Aliank tem referência à palavra "aliança". Uma homenagem de Berong a Slandragg, que lutou bravamente contra um dos seres mais perigosos da floresta de Majara: Garlak.
Na sequência, o livro retrata oito visões, a primeira delas é com Lorde Sarlakros, chamado de "o implacável" e de Lady Liliel, "a justiceira", eles aparecem em uma cerimônia no Castelo de Aliank contra "blasfemadores", chamados Rydon e Rydka. Sarlakros e Liliel são completamente diferentes, enquanto ele prefere executar da forma mais cruel possível, deixando claro o que pode ocorrer aos que não seguem a ideologia, Liliel procura não condenar sem antes dar uma oportunidade de saber se realmente são culpados.

A segunda visão retrata Sarlakros e Liliel sendo escolhidos para procurarem um Majurk que está matando diversos civis na região norte de Aliank. Sendo Dotter Manen, uma majurk recentemente condecorada como guardiã da Floresta de Majara, a principal suspeita. A qual deveria, de preferência, ser levada para o inquisitor, que pode ler mentes e saber se ela é realmente a culpada. No entanto, ele não é muito confiável.

Na terceira visão são convocados os elorkans Morhariel e Hirlun, discípulos de Altarong que é um elfo respeitado por muitos aliankinos, que o têm como "líder nato, calmo e fiel aos preceitos teryonistas". Fica decidido entre eles que Morhariel irá acompanhar Sarlakros e Hirlun acompanhará Liliel.

Na quarta visão, é apresentada Dotter, e fica a dúvida se ela realmente seria a causadora de todas as mortes. Na quinta visão, ocorre o encontro no portão norte entre Morhariel, Sarlakros, Hirlun e Liliel. Onde são apresentados rapidamente e se preparam para seguir sua determinada missão. Na sexta visão, Sarlakros e Morhariel, responsáveis por proteger a região nortenha, encontram com a criatura bestial. E, mesmo Sarlakros que é tão confiante, tem bastante trabalho na luta.

Na sétima visão ocorre o encontro de Dotter, Hirlun e Liliel (e Doloth, a égua de Liliel) na floresta de Majara. Nesta e na oitava visão são apresentados novos personagens também importantes, e eles passarão por momentos bastante tensos, onde cada vez mais vê-se o quão o inimigo é mais perigoso do que se imaginava.
"Niho!" é uma palavra bastante utilizada no decorrer do livro e, na língua artanin, "é uma consagração a um feito ou uma referência a um desejo ainda não realizado para que se concretize".

Entendam mais sobre:

Adquiram o livro na Saraiva ou no site da Editora Novo Século.

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- Wattpad (autor): SaymonCsar
Confesso que tive bastante dificuldade em entender o livro no início, principalmente porque sou péssima em decorar nomes, e tem muita informação! A estória (não gosto de escrever assim, parece bem arcaico, mas tem-se utilizado muito quando se fala de ficção) fica bem mais fácil de se entender quando começam as visões, e fica super interessante ir "encaixando as peças". Não detalhei mais porque não queria dar spoiler e porque tem bastante coisa!

Tudo vai ficando mais complicado e nossos queridos (e odiados) personagens terão lutas muito mais difíceis do que imaginavam. Até mesmo Sarlakros, que se acha o "todo poderoso" vai ter bastante trabalho (mesmo se for um infiltrado). Alguns personagens são retratados rapidamente, mas já dá pra se apegar e, claro, que o escritor foi bem malvado tirando alguns deles.

Fiquei curiosa pra saber o que vai acontecer com Rydka, se é que ela ainda será retratada. Mais ainda o suspense na floresta e "conhecer" Omaru, que é tão falado. Além disso, é apresentada mais uma ideologia, o Emylismo, que tem como objetivo "usar o Sinkra para reunir os dois deuses antagônicos novamente, usando o artefato para levar Materyalis à compreensão de que é o único ser capaz de manter o equilíbrio no Universo que construiu", e também surgem os servos de Nara-lan (que me deixaram bastante irritada). As três ideologias são bem explicadas no final do livro, além de informações sobre as energias e os dens.

O que virá a seguir? Como eles conseguirão sair da floresta? Muitas perguntas, curiosidades e ansiedade para saber o que acontecerá no próximo livro!

Espero que tenham gostado, que comprem e leiam o livro! O preço na livraria Saraiva está SUPER acessível (apenas R$ 9,90) então não tem desculpa! Vale à pena, principalmente pra quem gosta de fantasia, suspense, aventura e ação!

Abraços da Helena

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