segunda-feira, 19 de novembro de 2018

[ENTREVISTA] Escritor: Lucas de Lucca

Boa noite, pessoal!
Como vocês estão? Espero que ótimos!

Hoje o post vai ser um pouco diferente. Como trouxe resenha de dois livros do escritor Lucas de Lucas (em breve do terceiro), resolvi fazer uma entrevista com ele para conhecermos mais sobre ele, sobre seus livros e projetos. Espero que gostem! 
Entrevista com Lucas de Lucca

Primeiramente, agradeço por aceitar participar da entrevista e ceder um pouco do seu tempo (que imagino ser bem corrido) para responder as perguntas. Vamos lá?

1) Você trabalha (escritor, produtor e editor), cursa faculdade, se dedica aos familiares, à namorada, amigos (as) e aos leitores também. Considerando tudo isso, como é sua rotina para escrever? Tem alguma disciplina, um horário determinado ou escreve quando surge oportunidade?

Eu trabalho com metas. Sempre quando acordo tento traçar as metas do dia, mas eu já tracei as metas da semana e do mês antes disso. Recentemente participei de muitas antologias e usei muito do meu tempo escrevendo e revisando os contos, fazendo roteiro e transformando o texto em algo que faça sentido. Hoje estou entre as antologias e o lançamento do Catarse da nova edição da Trilogia das Plumas: Vol 1, que acontece em março. Por isso, meu tempo hoje é dividido entre a editora, onde estou trabalhando bastante (ainda bem rs) e na organização do material pra essa campanha. Por isso escrevo só quando dá vontade, sobra tempo, e/ou estou ocioso porque cansei de trabalhar haha.

2) Qual foi o livro ou escritor (a) que fez você se apaixonar pela literatura?

Sempre tive uma relação muito próxima com o “contar histórias”, mas a série de livros que me fez começar a escrever, e ler de verdade, foi a trilogia do Mago Negro, mesmo que até hoje eu não tenha acabado de ler os livros.

3) Quanto tempo demora mais ou menos para escrever um livro? E ainda sobre tempo, qual foi o livro que demorou mais para escrever?

Varia demais. O Nova Rajux levou um mês, o O Corvo Negro levou uns seis meses, o A Primeira Profecia levou quase um ano, mas dividi em duas épocas da minha vida. Hoje sei que escrevo um livro de mais de 200 páginas em três meses, um livro bom, pronto pra ir pra equipe de editoria.

4) As histórias “se escrevem” sozinhas ou você pensa na trama inteira, seguindo depois um esquema previamente traçado?

Eu faço roteiro para os meus livros, mas como sou mestre de RPG, me acostumei a aceitar as decisões orgânicas dos personagens. Quando o Ukel decide poupar alguém e não matar, ou ao contrário, tudo muda e eu tenho que me adaptar. Eu gosto disso, é a verdade. Limitar a história a algo previamente detalhado seria contar uma mentira aos leitores e não faço isso, por essa razão sai do jornalismo, porque não gosto de escrever tanta ficção.

5) De onde vem a inspiração?

Eu tenho muitas referências. Elas são fortes e claras, como o GoT na Trilogia das Plumas ou RPG de mesa em tudo que eu escrevo. Cada livro tem suas referências, muitas vezes elas se misturam, mas não saberia apontar exatamente como minha cabeça funciona.

6) Como você cria seus personagens? Alguma vez já se baseou na sua personalidade, de alguém que conhece ou conheceu?

Eu me baseio em pessoas que conheço O TEMPO TODO. Muitos personagens são inspirados em amigos, na aparência e apresentação, mas depois eles criam vida sozinhos e perdem a identidade clara com a pessoa. Nunca me baseei de propósito em mim, mas muita gente me compara com alguns personagens.

7) Você tem três livros (além dos contos): O Corvo Negro, Nova Rajux e A Primeira Profecia, este último em parceria com o ilustrador Anderson J. Lopes. Já é claro que O Corvo Negro é seu “xodó”, mas por que não fala muito do Nova Rajux? Apesar de ter o mapa no site, não vejo muito sobre ele.

O Nova Rajux é um livro incrível e que eu sou apaixonado, mas ele está em contrato com a Novo Século. Os meus livros, que eu tinha direito, já foram todos para a casa de leitores e sobraram apenas os da editora. Não ganho nada com as vendas desses livros, mas mesmo assim falo do livro sempre que posso. A verdade é que a editora não faz o mínimo para impulsionar o livro, sendo que apenas eles ganham com a venda do Nova Rajux, por isso, também não uso meu espaço e tempo pra divulgar um livro que não posso assinar e enviar para os meus seguidores. Fechar com uma editora assim era um risco, eu sabia o que ia acontecer, e não me arrependo. Mas se a editora não faz um mínimo esforço pela nossa parceria eu prefiro esperar acabar o contrato ou estoque pra voltar a produzir o Nova Rajux e enviar para as pessoas.

8) Como é o Lucas além do escritor?

Eu sou o escritor menos escritor que eu conheço. Pareço mais um coach ou vendedor de Hinode, sempre querendo conversar, e sempre surge uma chance de falar dos livros, da editora ou da produtora rs. Sou simpático de criação, gosto muito de gente, de todo tipo de gente, e adoro ajudar o máximo que posso. Mas fico nervosos fácil, é só abusar da minha boa vontade que provavelmente não vou te responder com a mesma atenção. Respeito pra mim é algo essencial.

9) Esse mês e ano que vem teremos muitas novidades, especialmente sobre o novo volume do livro O Corvo Negro, novos produtos e os leitores terão mais histórias (contos, talvez) sobre alguns dos personagens desse mesmo livro. O que pode nos adiantar?

2019 vai ser o ano que minha linha editorial vai focar na Trilogia das Plumas. Tenho participação garantida em várias antologias, entre elas: Quando Você se Foi, Fantástica Chaos, Universo Fantástico e Casa Fantástica. Em todas as antologias enviei contos que se passam no universo da Trilogia, que aprofundam o universo e até coisas que aparecem no livro O Corvo Negro.
Também vai ter o lançamento do livro “A Vingança do Órfão”, que é o novo título do livro 1 da Trilogia das Plumas, porque a história não podia mais se chamar de O Corvo Negro. Junto do livro virão produtos muito bacanas, como cartazes, sketch book, aventuras de RPG, quadros e até trilha sonora estamos fazendo. Tudo, claro, vai depender do sucesso da campanha do catarse.

10) Alguma mensagem para os leitores?

Sou abençoado por ter leitores que me acompanham e se apaixonaram pelos mundos que tive a oportunidade de criar. Agradeço imensamente por cada um que conversa comigo e fala sua opinião, mas acima disso, vou pedir que continuem apoiando o meu trabalho, e de outros autores nacionais, porque estamos conseguindo superar as dificuldades por sua causa. Na Black Raven Week está acontecendo a pré-venda da minha primeira camiseta e o sucesso dessa campanha vai determinar o começo ou final de uma nova etapa da minha vida.

Muito obrigada pela participação!

E a Black Raven Week começou hoje!

Quem tiver interesse em adquirir os produtos (livros físicos, e-books de contos, mapa, marcadores e camisa) é só acessar o site do autor.

A novidade é a camisa com um corvo negro, baseada no livro O Corvo Negro, que terá uma nova edição em breve!

Aproveitem as promoções da semana!
https://lucas-de-lucca.lojaintegrada.com.br/

Aproveitem!

Abraçoo da Helena! 💜

domingo, 18 de novembro de 2018

[RESENHA] A Primeira Profecia

Boa noite, pessoal!
Como estão? Espero que ótimos!

Hoje trago a resenha do livro A Primeira Profecia, do escritor Lucas de Lucca em parceria com o ilustrador Anderson J. Lopes. Ela já está disponível no Instagram a alguns dias, mas resolvi colocar aqui no blog também.

Autores: Anderson J. Lopes e Lucas de Lucca
Editora: Independente
2018
231 Páginas


Sinopse: "Banido ao Submundo, Lúcifer se vê sem memória e poderes no que parece um vasto oceano de pedras e lava. Aplacado pela fome e sede, o Portador da Luz, persegue sua identidade, desafiando os andares mais profundos do Submundo e seus Guardiões. Um novo Lúcifer explora um diferente conceito de Submundo, governado em camadas e aterrorizado por tianos, monstros e a própria mortalidade. O caminho em busca do "ser" é de terror psicológico, enquanto o poderoso Estrela da Manhã confronta seus limites mortais em uma arena onde nem a morte é uma opção."



Lúcifer foi banido, agora estava preso ao submundo. E o pior? (pra ele, eu adorei *risos*) Não tinha ideia de quem era. Ele estava solitário, num lugar desértico, com muita sede e fome, além de dor.

O primeiro encontro que ele tem é com um camaleão. Eu como uma pessoa que detesta ver/ler animais morrendo quase paro nessa parte *risos* . Fiquei morrendo de dó, mas Lúcifer estava morrendo de sede e fome, não havia muita opção.

"Seja como for, vou dar um jeito de sair desse buraco quente e cheio de malucos e vou rever a luz do dia."

Esse era o primeiro andar do submundo. Ele seguia sem saber bem para onde, mas com dois objetivos: sobreviver e sair dali. O que não seria nada fácil, já que estava fraco como um humano e num lugar nada amigável.

O primeiro andar foi um pouco chato para mim (para Lúcifer também), mas necessário para o livro. Afinal, ele estava praticamente sozinho no início. Depois foi começando a ter alguns encontros (que talvez ele preferisse ter continuado sozinho haha).

Aos poucos ele entende que precisa passar por outros andares. Para isso ele enfrentará muitas coisas e diversos monstros nada simpáticos, praticamente não encontrará em quem confiar e os que aparecem não passam tanto tempo assim com ele.

"O primeiro é o típico inferno. Lava e criaturas mortais pra todo lado. O segundo é uma floresta de plantas carnívoras. (...) Péssimos locais para se passar as férias."

A cada andar novos monstros, novas estratégias. Ele é muito inteligente e consegue enganar vários seres facilmente. Não foi o que aconteceu com Nekhro, um dos mais fortes, perigosos e bem esperto também. Gostei muito do dragão que ele encontrou, de Ludivine e do Dante (nada haver com Dante's inferno), todos confiáveis e que realmente gostaram dele, o que foi ruína de cada um.

"A solidão me acompanhava lado a lado (...). Ela e o silêncio zombavam de mim. Nem as pedras que eu chutava pareciam fazer um ruído qualquer."

Quem tiver interesse em adquirir o livro, ele está disponível para compra na Loja Integrada do autor Lucas de Lucca e também no site da Amazon.


Encontrem e sigam o autor no Instagram.
A leitura não é cansativa, mas eu fiquei um pouco (muito, na verdade) impaciente com algumas separações das palavras que fugiram bastante do padrão. A história em si é bem criativa, Lúcifer se ferra muito (às vezes dá até pena, acreditam?), mas também faz outros se ferrarem também (infelizmente, alguns que não mereciam). Uma visão bastante diferente do Lúcifer que costumamos ler e ouvir falar. Gostei bastante.


O que acharam? Leriam? Já leram? 

Espero que tenham gostado!