Roderick Anscombe (1994): “A vida secreta
de Laszlo, Conde Drácula” (414 páginas, tradução
de Pedro H. Berwick, 1ª ed. – São Paulo: Jardim dos Livros, 2007; de R$ 23,90 a
R$ 41,90) é um livro escrito como um diário e, como tal, conta coisas que
Laszlo fez e seus pensamentos, inclusive os mais sombrios.
O
livro começa em Paris, no ano de 1866, época em que Laszlo, formado em
medicina, estava fascinado com as pesquisas de Dr. Charcot, médico bastante
famoso que estudava sobre psiquiatria e fazia demonstrações públicas de hipnose.
E, tempos depois, ele começa a trabalhar no Hospital Salpêtrière, onde tem mais
contato com os pacientes. Laszlo, alucinado por psiquiatria, começa a
desenvolver atitudes bem estranhas, deixando-se levar por impulsos que não
sabia que poderiam existir, mas que lhe proporcionavam prazer. É quando vira um
assassino de moças, sedento por sangue.
“Que perversão é esta, ansiosa por se apoderar de tudo que é raro e bom, que quer degradar tanta beleza, destruí-la, dilacerá-la, que quer massacrar essa coisa linda, essa vida humana?”
De
volta à seu pais de origem, a Hungria, recebe o título de Conde do seu falecido
irmão. Atormentado pelos seus desejos e tentando lutar contra os mesmos, Laszlo
procura seguir uma vida “normal”, até que mais uma vez não resiste aos seus
impulsos e comete outros assassinatos. Diversas vezes lembrando de seu
juramento de curar e salvar a vida das pessoas.
É
um livro cheio de suspense, com apenas um assassinato sem detalhes.
Confesso que achei o livro mais interessante perto do fim. Onde acontece mais
um “jogo” psicológico e ele tem que usar mais estratégias para não ser
descoberto.
"Sentia-me
tentado e era guiado pela ternura na direção da minha vítima. O amor é a benção
que ao mesmo tempo eleva e santifica meu sangrento desejo. O amor é cego:
jamais verá a selvageria para a qual me conduz.”
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